quarta-feira, 9 de julho de 2014

PLÍNIO VIVE!

Não, não vou escrever necrológio desta vez. Não era o estilo do Plínio. Não bate com a imagem que guardo do Plínio. 

É difícil, quase impossível, aceitar o fato de que o Plínio esteja morto. Por mais que confira fotos, vídeos. Mesmo vendo-o no caixão. Ainda assim, no momento seguinte, vou me lembrar dele vivo, bem vivo, com sua inteligência aguda. Com seu inegável brilho intelectual. Com sua cordialidade, de quem não perdia a ternura, jamais! Com suas ironias brandas, seu jeitão lúdico de travar o debate político. Com seu fervor revolucionário, apesar de tantas decepções e traições sofridas.

E, por falar nos debates, é assim que eu quererei sempre recordar o Plínio: neles pontificando, colocando os contendores em saias justas, como um Groucho Marx a expor e desmascarar, sutilmente, os políticos convencionais, inclusive aqueles que acreditam não o ser. E que cada dia mais se igualam àquilo que outrora renegavam.

Foi o que o ele fez neste debate da eleição presidencial passada. É assim que, tenho certeza, o Plínio gostaria de ser lembrado. Com respeito e admiração. Não com lágrimas e lamentos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ele colocava os políticos profissionais no bolso, com uma categoria incrível. Se a gente comparar os debates com uma luta de boxe, era como se o Plínio fosse um Muhammad Ali bailando diante de seu oponente, deixando-o confuso, sem ação. E tínhamos aquela sensação que o nocautearia no momento que quisesse, por ter a luta sob total domínio. Valeu Plínio !

Abração, Celso...Marcelo Roque

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