segunda-feira, 4 de novembro de 2013

UM FILME PARA LEMBRARMOS A MORTE DE MARIGHELLA: "BATISMO DE SANGUE"

filme que lhes convido para assistir no blogue, neste 4 de novembro de 2013, é Batismo de sangue (d. Helvécio Ratton, 2006), dramatização do livro homônimo do Frei Betto, sobre a participação dos dominicanos na luta armada brasileira, como aliados da ALN.  

A escolha de ocasião, claro, se deve ao funesto episódio ocorrido há exatamente 44 anos, quando o comandante Carlos Marighella foi executado pela repressão ditatorial. É um acontecimento destacado no livro e no filme, como a maioria de vocês sabe. 

Foi o torturador Sérgio Paranhos Fleury, xodó do cartola José Maria Marin, quem armou a emboscada. Por paúra ou inépcia, nem sequer levou em conta a possibilidade de o fogo cruzado atingir algum de seus tocaieiros. Foi o que ocorreu, matando uma investigadora  (também levou a pior um motorista que trafegava pela alameda Casa Branca).

O  companheiro Menezes  fez jus à melhor das biografias sobre líderes guerrilheiros dos anos de chumbo no Brasil: Marighella - o guerrilheiro que incendiou o mundo (Companhia das Letras, 2012), que pode ser baixada gratuitamente aqui). Mário Magalhães, por sinal, desmontou a versão de que o velho revolucionário teria tentado sacar sua arma de uma bolsa; a saraivada de balas recebida não lhe permitiu esboçar a mínima reação.

Como não conheci o Marighella pessoalmente nem tenho como apurar a veracidade do muito que ouvi a seu respeito (suponho que houvesse muitos exageros, no bom e no mau sentido), prefiro reproduzir as palavras que camaradas mais próximos lhe dedicaram, no 40º aniversário de sua morte:
"Revolucionário destemido, morreu lutando pela democracia, pela soberania nacional e pela justiça social.
Da juventude rebelde, como estudante de Engenharia, em Salvador, às brutais torturas sofridas nos cárceres do Estado Novo; da militância partidária disciplinada, às poesias exaltando a liberdade; da firme intervenção parlamentar como deputado comunista na Constituinte de 1946, à convocação para a resistência armada, toda a sua vida esteve pautada por um compromisso inabalável com as lutas do nosso povo".
Além do Batismo de Fogo, que está na janelinha abaixo, há três documentários que os interessados poderão acessar no Youtube: o de Silvio Tendler, Marighella - retrato falado do guerrilheiro (clicar aqui); o de Isa Grinspum Ferraz, Marighella (aqui); e o Ato de fé - cristãos que enfrentaram a ditadura militar (aqui).

Por último, quero agradecer à equipe do blogue Marxismo 21, que coletou os links aproveitados aqui, além de parabenizá-la pelo ótimo trabalho que vem realizando. Sendo que, desta vez, a moçada extrapolou...

Um comentário:

Anônimo disse...

sempre que leio o livro antes de ver o filme,acho que fica faltando algo,nesse caso, nao li o livro e o filme è muito bom,claro que nesse assunto(dit.64)sempre faltara algo.sera que algum dia o"governo e orgaos respopnsaveis, abrirao oque sobrou dos arquivos?

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