Ao completar 21 dias de hospitalização por causa de uma doença infecciosa que nem sabia existir, acompanho de longe o melancólico arranca-rabo entre uma esquerda que apoia a submissão do povo ao poder do capital e outra que aceita ver o povo submetido a homens armados.
Triste perceber que nenhum dos lados exige o básico do ponto de vista revolucionário: que o poder seja exercido diretamente pelo povo, não por gigolôs a serviço de interesses econômicos externos e nem por toscas nomenclaturas que defendem seus privilégios a bala.
Que as eleições vencidas pelo que já passou de Maduro e hoje é simplesmente Podre valem tanto quanto as outrora vencidas por Hitler é um óbvio ululante.
Que Guaidó é um subcarimbador interino que o capital quer tornar presidente para ter um seu serviçal no poder, outro óbvio ululante.O pior de tudo é que esquerdistas brasileiros se conformam em alinhar-se com posições que, de revolucionárias, não têm absolutamente nada.
Tomar partido numa questão na qual ninguém encampava nossos verdadeiros ideais foi assumir os ônus de derrotas que não nos pertenciam. (Celso Lungaretti)
8 comentários:
Boa noite Celso.
Sentido a falta de suas crônica, e presença, por aqui,
deixo meus desejos de melhoras à Você
Forte Abraço do Hebert
do El Pais
La espinosa relación de la izquierda con Venezuela
https://www.4shared.com/s/ff7BwkubVfa
Pedro Casaldáliga: palabra encarnada en la revolución
https://www.4shared.com/s/fiTTToihWge
Abraços e melhoras...
Prezado Hebert, infelizmente a hospitalização pela qual passei foi muito estressante e, ao enfim me ver na rua, encontrei meu computador muito prejudicado pela pane mundial. Aos poucos estou botando ordem na casa e marcando consultas médicas que se mostraram necessárias. Não dá muito tempo nem ânimo para escrever crônicas.
"toscas nomenclaturas que defendem seus privilégios a bala", cabe perfeitamente na tal "revolução cubana", ou robolución, como dizem os habaneros e cubanos em geral. Eu estive em Cuba em 2023 e pude vivenciar com meus próprios olhos: um povo oprimido numa verdadeira ditadura militar, coalhado de milicos e chivatos (informantes, delatores) por toda parte. Uma simples pichação contra o governo e te metem mais de 15 anos de cadeia. Há milhares de presos políticos em Cuba, ou melhor dizendo, na ilha-cárcere. Foi a maior decepção da minha vida. Voltei outra pessoa para o Brasil.
Boa noite Celso. Desde já desejo de melhoras
e um bom fim de semana do Hebert.
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O responsável pelo canal, Junior, responde rápido.
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orçamento, além de lives todas as terças.
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PS: As terças, sessão western na Rede Brasil de Televisão. Na última terça passou "Por um caixão cheio de dólares". Trash, tosco, divertido.
Valeu, meu caro! O pesadelo de saúde já passou e os problemas virtuais foram resolvidos pela minha prima Nádia (a mesma que construiu meus blogs em 2008) e seu filho Caio. É sempre reconfortante constatar que nas horas difíceis os amigos reaparecem para dar uma força!
E nenhuma palavra sobre a ilha-cárcere (Cuba). Vejo muitos ex-querdistas ou saindo pela tangente ou edulcorando e passando aquele pano para a tal Revolução Cubana que, parafraseando-te, transformou-se numa tosca nomenclatura que defende os privilégios de uma casta partidária a bala, reprimindo e metendo na cadeia um povo em estado de penúria, miséria e fome.
As palavras estão todas aí, anônimo das 19h13. Mas, vc está tão viciado em panfletarismos polarizados que não entendeu nada do artigo que leu. Dou uma pista: jamais acreditei em socialismo num só país. A revolução terá de ser global, ou nada será. E sua razão de ser é conduzir a humanidade a um estágio superior de civilização, não fazê-la retroagir ao pré-iluminismo.
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