jânio de freitas
MINISTÉRIO DA DEFESA DEVE AOS ELEITORES
CONCLUSÃO SOBRE O SISTEMA ELEITORAL
Desde que adotou como ministro o general e hoje político Braga Netto, em 2021, o Ministério da Defesa se coloca, ora como retaguarda, ora como parte ativa na desestabilização geral provocada por Bolsonaro.
É o oposto da função que lhe cabe e da atribuída às Forças que deve coordenar. A impressão que oferece é a de um ministério de ação política, não política do Estado e nem mesmo de governo, mas de uma facção prisioneira de pré-ideias caóticas e propósitos retrógrados.
Vem dessa contingência a recusa silenciosa do Ministério da Defesa a tornar pública sua conclusão sobre a lisura ou deformação eleitoral. Dois motivos básicos, entre outros, tornam a providência um dever e mesmo um requisito de moralidade.
Um é o fato sem precedente de que a Defesa assumiu a frente do ataque ao sistema de votação e apuração eleitoral. A Justiça Eleitoral ficou sob suspeitas oficiais e institucionais.
O outro motivo é a dívida com a dignidade do país diante do mundo e com o direito de 156 milhões de eleitores.
A Defesa deve-lhes conclusão e clareza sobre o sistema eleitoral acusado e investigado: questionada de fato pelas suspeitas foi a legitimidade dos poderes institucionais eleitos.
Bolsonaro quer os dados da investigação escavados até o encontro de algum incidente que imagina bastante, em caso de sua derrota, para jogar o país no tumulto violento. Não se vislumbra outro motivo para não querer a divulgação do relatório.
Quer ainda mais ação de partidarismo político, senão conspiratória, da Defesa.
Defesa de quê, ou de quem, não é assunto que não se perde em suspeições e não precisa de sigilo. (por Jânio de Freitas)
Nenhum comentário:
Postar um comentário