Governo anuncia a extinção, até setembro, de 10 dos atuais 39 ministérios, que nos colocam no terceiro lugar mundial, entre as nações com mais Pastas.
Apoio, aplaudo e aguardo ansioso o anúncio do fim de outros 10. E de mais 10, para dar sorte.
Pois, descartada a utilização espúria como cabides de empregos, moedas de troca política, gazua para arrombar os cofres públicos e centro de planejamento e execução de maracutaias, até as pedras sabem que as Pastas realmente necessárias são estas:
Cultura
Defesa
Economia
Educação
Interior
Justiça
Relações Exteriores
Saúde
Trabalho
As demais poderiam ser por elas absorvidas ou, simplesmente, ser deletadas, sem deixarem nenhuma saudade.
O marechal Deodoro da Fonseca governou com apenas oito ministérios, mas seus sucessores os fizeram brotar como cogumelos (e tão venenosos como os piores deles!).
Para nos atermos ao passado recente, Tancredo Neves pretendia contar com 23 ministros, Sarney elevou o número para 31, Collor operou com 30 nomes no primeiro escalão (17 ministérios e 13 secretarias ligadas à Presidência), FHC aumentou para 34 e Lula para 38.
Um ótimo exemplo nos é dado pelos hermanos da Argentina: só 10 ministros e três secretários com status ministerial.
Já os EUA, que os brasileiros adoramos macaquear, têm 15 ministros. Por que não imitá-los também quanto a isto?
Se Dilma se limitar a reduzir o número para 29, ficaremos com quase o dobro dos EUA, o que será um despropósito, levando-se em conta o quanto diferem, em termos de complexidade de atuação, os respectivos governos.
Enfim, será um primeiro passo na direção correta, e isto deve ser reconhecido.
Mas, muito aquém do necessário, se ficar só nisso.
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