A promotora, que extravasa sua bílis contra os petistas no Twetter, tem sede de sangue: diz que os 72 "são criminosos e pagarão por isto" |
Até o vetusto Estadão admite (ver aqui) ser inepta a denúncia de uma promotora direitista (ver aqui)
contra 72 estudantes, professores e funcionários que honraram as
tradições da Universidade de São Paulo, reagindo à escalada autoritária
do Governo Alckmin e à ocupação militar do campus.
Tamanho era seu ódio ao preparar a peça
acusatória, que a promotora Eliana Passarelli cometeu um erro primário: encaminhou o
inquérito ao Foro Regional de Pinheiros, que não tem competência para
processar e julgar crimes cuja pena seja de reclusão (vide aqui). Repassada ao Foro Criminal
da Barra Funda, tudo indica que a denúncia não será aceita.
Mas,
a sucessão de aberrações jurídicas que marcou o Caso Battisti nos
aconselha cautela: é fundamental que as forças democráticas se mantenham
atentas e mobilizadas até que o perigo seja definitivamente afastado.
Neste
sentido, reproduzo e apoio integralmente a nota da diretoria do
Sindicato dos Trabalhadores da USP, de repúdio a "esta verdadeira
campanha inquisitória que faz reviver as práticas mais sombrias da
ditadura militar". Eis os trecho principais:
"As acusações tentam atribuir aos estudantes e trabalhadores que lutavam contra a militarização da universidade a pecha de criminosos, sendo que os estudantes e trabalhadores seriam enquadrados por: danos ao patrimônio público; pichação; desobediência judicial; e formação de quadrilha por lutar contra o projeto privatista e elitista de universidade.
...Chamamos todas as entidades do movimento estudantil e sindical, intelectuais, parlamentares e todos aqueles que se colocam em defesa dos direitos humanos como a Comissão da Verdade da USP a tomar a frente desta campanha pela anulação desta absurda denuncia, pela revogação das suspensões, para não permitir qualquer tipo de punição aos estudantes e trabalhadores.
Seguimos na luta pela reintegração dos 8 estudantes eliminados, pela reintegração imediata de Claudionor Brandão (diretor do Sintusp), a reintegração dos 270 funcionários aposentados, pela retirada de todos os processos contra estudantes e trabalhadores e pelo fim da perseguição política na USP que passa pelo fim do decreto de 1972, criado sob o regime militar e utilizado nos dias de hoje (pela reitoria) para fundamentar os processos e sindicâncias que ainda vigoram contra estudantes, funcionários e toda a Diretoria de nosso Sindicato".
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