Sempre tratei Muammar Gaddafi como um mero milico nacionalista, fruto tardio do nasserismo, que chegou ao poder por meio de uma quartelada e estruturou uma tirania familiar.
Houve companheiros que fecharam os olhos às gritantes evidências de que seu antiimperalismo era apenas retórico, de fachada, enquanto saqueava a Líbia. A podridão do clã Gaddafi, entretanto, continua vindo à tona.
Afora tudo que já foi revelado sobre o fausto majestático em que vivia no seu país, chega agora a notícia de que, atendendo ao Tribunal Penal Internacional, a Justiça italiana sequestrou os bens que Gaddafi & comparsas (seu filho Saif al Islam e o ex-chefe do serviço secreto Abdullah al Senussi) possuíam na Itália, cujo valor supera 1,1 BILHÃO de euros!
Confiando nos préstimos do seu cupincha Berlusconi, o ditador das 1.001 noites lá mantinha um diversificado patrimônio pessoal, que incluía uma motocicleta Harley Davidson e um bosque de 150 hectares na ilha siciliana de Panteleria.
Só que era como José Sarney, não queria largar o osso.
Então, embora já houvesse preparado seu exílio dourado na Sicília (terá sido Berlusconi quem lhe sugeriu o berço da Máfia?), demorou demais para buscar o refúgio e acabou tendo sua fuga interceptada.
Alá existe.
Um comentário:
Bom, alguém que defende o Gadaffi eu não conheço, mas que eu sou a favor da autodeterminação do povo líbio e contra a intromissão da OTAN, isso eu sempre serei. E isso ao contrário dos troskos, que apoiaram a OTAN sob o discurso de que estavam armando os "revolucionários" líbios. Agora quero ver você publicar matérias sobre os crimes dos racistas e fascistas que tomaram o poder na Líbia. Vamos ver sua honestidade intelectual de trotskista.
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