Talvez A solução final para a cracolândia e outros factóides haja sido, em toda a minha trajetória de articulista, o texto contra a corrente mais rapida e contundentemente confirmado pelo que foi vindo à tona.
Logo (ver aqui) eram revelados constrangedores detalhes sobre como a operação desfechada pelos governos estadual e municipal na cracolândia foi inconsequente, precipitada e policialesca no mau sentido.
Agora, o tom das críticas se torna ensurdecedor. Vejam esta notícia da Folha.com, que acaba de sair do forno:
"Um inquérito civil foi instaurado em conjunto por quatro promotorias para investigar a operação iniciada no dia 3 pela Polícia Militar na cracolândia, no centro de São Paulo. Segundo os promotores de Habitação, Direitos Humanos e Inclusão Social, Saúde e Infância e Juventude, o objetivo é descobrir quem está comandando a ação e se houve improbidade administrativa.
Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira, eles caracterizam como 'desastrosa' a ação, que teria boicotado o trabalho que já estava sendo feito na região.
A principal crítica dos promotores é que a operação foi realizada antes da inauguração do centro de acolhimento para usuários de drogas, localizado na rua Prates, região central".
Desastrosa. Eis uma avaliação dificilmente encontrada, e muito menos em uníssono, nos pronunciamentos de altas autoridades.
Mais: a estratégia de deixar o viciado sem droga para obrigá-lo a buscar ajuda deixou indignado o promotor Eduardo Valério (Direitos Humanos e Inclusão Social), segundo quem "o Estado não pode ser algoz do cidadão nem o chicote do pobre".
E Carlos Weis, coordenador do núcleo de direitos humanos da Defensoria Pública, exigiu o fim dessas intervenções para dispersar moradores de rua reunidos pacificamente na região central.
Mais: a estratégia de deixar o viciado sem droga para obrigá-lo a buscar ajuda deixou indignado o promotor Eduardo Valério (Direitos Humanos e Inclusão Social), segundo quem "o Estado não pode ser algoz do cidadão nem o chicote do pobre".
E Carlos Weis, coordenador do núcleo de direitos humanos da Defensoria Pública, exigiu o fim dessas intervenções para dispersar moradores de rua reunidos pacificamente na região central.
A blitzkrieg de Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab lembra a que os nazistas lançaram... contra a URSS. Atolou.
Colocando a tranca depois que a porta foi arrombada, o secretário da Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto proibiu a Polícia Militar de utilizar bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar usuários de droga na cracolândia.
A medida se deveu à péssima repercussão de uma reportagem da Folha de S. Paulo, que mostrou policiais lançando bombas e atirando balas de borracha contra cerca de cem viciados em crack.
PORTA ARROMBADA
Colocando a tranca depois que a porta foi arrombada, o secretário da Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto proibiu a Polícia Militar de utilizar bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar usuários de droga na cracolândia.
A medida se deveu à péssima repercussão de uma reportagem da Folha de S. Paulo, que mostrou policiais lançando bombas e atirando balas de borracha contra cerca de cem viciados em crack.
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