No dia 20 de agosto do ano 2000, o então diretor de redação de O Estado de S. Paulo, Antonio Marcos Pimenta Neves, foi com uma arma ao encontro da ex-namorada Sandra Gomide, também jornalista.
Acertou-lhe um disparo nas costas.
Agachou-se junto ao corpo que estrebuchava e desferiu o tiro de misericórdia no ouvido. Sandra tinha 32 anos.
Foi beneficiado em 2001 por uma decisão polêmica do Supremo Tribunal Federal, que lhe garantiu o direito de aguardar em liberdade até que se esgotassem todos os recursos possíveis no processo.
Mesmo sendo réu confesso, sem nenhuma dúvida possível quanto à sua culpabilidade.
Em maio/2006, foi condenado por um júri popular a mais de 19 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado, com motivação fútil (vingança pelo fim do relacionamento amoroso de quase quatro anos entre ambos) e ação covarde (sem dar chance de defesa à vítima).
Em dezembro/2006, na apelação, a pena foi reduzida para 18 anos.
O juiz entendeu que, tendo sido condenado em duas instâncias, Pimenta deveria ser recolhido à prisão.
O jornalista permaneceu três dias foragido, obtendo então liminar no Superior Tribunal de Justiça para continuar solto.
Agora se espera uma decisão do STF sobre o pedido de anulação do julgamento que a defesa formulou.
A prescrição ocorrerá em 2012.
Tudo indica que o assassinato de Sandra Gomide custará a Pimenta Neves tão-somente os 7 meses que passou detido logo após o crime.
Hoje se completaram 10 anos da morte de Sandra Gomide.
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