domingo, 4 de julho de 2010

OS APITOS DO ÍNDIO

No seu desastroso mandato presidencial (janeiro a agosto de 1961), Jânio Quadros só se destacou mesmo na produção de factóides.

Além de não ter a mais remota afinidade com o Che Guevara e só o haver condecorado para provocar protestos dos direitistas, mantinha-se sob os holofotes com medidas ridículas como a proibição do monoquíni (que deixava os seios das mulheres à mostra) e da rinha de galos.
Onde já se viu o primeiro mandatário da Nação ocupar-se de tais ninharias?

Itamar Franco também é dessa estirpe: como presidente (1992-1994), moveu céus e terras para que a Volkswagen relançasse o ultrapassado fusca e pressionou as cidades históricas de Minas Gerais a não asfaltarem suas ruas, afora ter propiciado a situação para que o fotografassem ao lado de uma moça sem calcinha no sambódromo.

Outros episódios anedóticos poderão ter lugar no Planalto, caso José Serra seja eleito e, por qualquer motivo, o vice Índio da Costa acabe assumindo.

Eis algumas passagens pitorescas da (medíocre) trajetória política desse novo
homem da vassoura:
  • discursou na Câmara Federal pedindo a proibição de coxinhas e pirulitos em cantinas escolares;
  • apresentou na Câmara Municipal carioca projeto de lei para que fossem multados os cidadãos que dessem esmola a pedintes;
  • tentou proibir o comércio ambulante nas ruas do Rio, o que eliminaria da paisagem carioca os tradicionais vendedores de mate e biscoito de polvilho.
Como é um quase desconhecido no resto do País, talvez ele se apresente no horário eleitoral berrando "Meu nome é Índio"...

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