terça-feira, 6 de julho de 2010

É O AL CAPONE? NÃO, É O CELSO AMORIM...

Foi pior a emenda do que o soneto.

Ao tentar justificar a viagem de Lula à Guine Equatorial, uma das mais antigas ditaduras do planeta, o chanceler Celso Amorim saiu-se com esta: "Negócios são negócios".
Fez lembrar os gangstêres de cinema que, após assassinarem alguém, consolam a família da vítima: "Não foi nada pessoal, são só negócios"...

O ridículo involuntário prosseguiu com a nota oficial divulgada pelo Brasil, segundo a qual os dois países "renovaram sua continuada adesão aos princípios da democracia, ao respeito aos direitos humanos e ao Estado de Direito".

Ué, a alternância no poder não faz mais parte dos princípios da democracia?!


2 comentários:

Haroldo Mourão Cunha / São Gonçalo / RJ. disse...

Bem, Celso, se você levar em conta que a alternâcia no poder só começou em 2002 (em escala nacional) e mesmo assim de forma incipiente e ainda insipiente. Nos grotões do Brasil ainda se reza pelas cartilhas dos "coronéis". Sei que de sua visão revolucionária, e em diversos aspectos ela me completa e me anima a lutar, mas vivemos num mundo dos "coronéis", VOCÊ É UMA PROVA DISSO (no que tange ao te colocarem "pra escanteio profissional"). Aprendi que temos que lutar no terreno deles, se cairmos pelo viés simplesmente utópico (Em tempo: eu procuro a utópia verdadeira, mesmo que possa parecer o contrário).

celsolungaretti disse...

Haroldo,

quais são os negócios mirabolantes que estaríamos realizando, suficientes para compensar o ônus político de termos nosso nome associado a ditadores de republiquetas?

Francamente, essa conta não está fechando...

Abs.

Related Posts with Thumbnails