domingo, 9 de junho de 2024

ENDRICK PODERÁ, SIM, SER O NOVO PELÉ!

Já que a política brasileira em 2024 só nos causa decepções, vamos falar um pouco de futebol: com o menino Endrick e o veterano treinador Dorival Jr., a seleção canarinha parece prestes a viver o seu melhor momento desde a eliminatória para o Mundial Fifa de 2018.

Daquela vez, depois de seis partidas decepcionantes com Dunga como técnico, o Brasil embalou sob o comando de Tite, quando o aproveitamento saltou para incríveis 88,9% dos pontos possíveis. 

Mas, deslumbrado, o Adenor fez questão de disputar a Copa com os mesmos titulares, sem levar em conta que alguns estavam em péssima fase, principalmente Gabriel Jesus, que passou todos os jogos em branco, após haver feito sete gols na eliminatória sul-americana. 

Com a consagração de Vinícius Jr. e (em plano um pouco inferior) Rodrygo no Real Madrid, mais a atuação espantosa de Endrick ao entrar no 2º tempo e marcar para o escrete contra a Inglaterra, a Espanha e o México, os torcedores brasileiros voltam a ter esperanças. Já anteveem um trio ofensivo jovem e devastador garantindo, em 2026, a conquista do sonhado hexacampeonato.

Endrick, prestes a completar 18 anos, está com essa bola toda? Está. Tem as virtudes do Vinícius Jr. (ousadia, habilidade como driblador, visão de jogo, ótimas assistências) acrescidas de superiores senso de colocação e qualidade das finalizações. 

O oportunismo, o chamado faro de gol que às vezes falta ao exuberante Vini Jr.,  é o que mais chamou a atenção no cartão de visitas de Endrick para o Planeta Bola: estava sempre no lugar certo e concluía com total precisão.
Gol do iluminado Endrick contra o México, já nos acréscimos 

Jogando o tempo todo em direção ao gol, ora fazendo jogadas espetaculares ora exibindo eficiência minimalista, além de possuir aquela dose adicional de sorte que acompanha os craques, o iluminado Endrick faz mesmo lembrar o Pelé que deslumbrou o mundo na Copa de 1958.

E ainda por cima estará sob os cuidados de dois técnicos que sabem como poucos lapidar as joias que lhes caem nas mãos: Dorival Jr. e Carlo Ancelotti.

Além desses três, o Brasil talvez conte no próximo Mundial com o Estevão do Palmeiras (grande promessa) e o Vitor Roque, que ainda pode mostrar na Europa todo o futebol que jogava no Athletico Paranaense, apesar do mau começo no Barcelona. Uma geração de novos atacantes como há muito tempo não conseguíamos formar.

De resto, a
Neymardependência passa a ser apenas má lembrança de um passado decepcionante. É um alívio percebermos, nos cinco acima citados, que nenhum deles leva jeito de vir a desperdiçar seu potencial de forma tão melancólica e constrangedora. (por Celso Lungaretti) 

Nenhum comentário:

Related Posts with Thumbnails