segunda-feira, 30 de agosto de 2010

NENHUM HOMEM É UMA ILHA

Já houve um tempo em que a totalidade da esquerda sabia qual trincheira deveria ocupar, entre a de  um Cesare Battisti e a de um Silvio Berlusconi; ou entre a de um Celso Lungaretti e a de um Boris Casoy.

Atualmente, os justos, os coerentes e os abnegados, nossos  imprescindíveis, continuam honrando a opção que fizeram na vida.

Mas, existem também os que se omitem -- e são muitos, tornando as vitórias bem mais difíceis.

Não tenho dúvidas de que, se a solidariedade revolucionária continuasse determinando as ações de todos que se dizem herdeiros de Marx e/ou Proudhon, Battisti já estaria em liberdade e eu nada teria a temer de um processo com tão evidentes inspiração e carga simbólicas.

Não é o que ocorre, infelizmente.

Então, a esses outros eu proponho uma reflexão sobre os valores que abandonaram ao longo do trajeto: não seriam exatamente os que dignificavam seu objetivo, fazendo-os portadores das esperanças da humanidade?

Como disse John Donne:
“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti".

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