domingo, 14 de setembro de 2014

É TEMPO DE BICHOS DE SETE CABEÇAS NA POLÍTICA

Mentindo, apelando, forçando a barra, falseando, distorcendo, manipulando e aterrorizando os eleitores incautos, a campanha de Dilma Rousseff fez uma confissão involuntária: não tem absolutamente nada a apresentar, em termos positivos, que convença o eleitorado a ficar com ela e não migrar para Marina Silva. 

Então, só lhe resta recorrer à artilharia negativa, aos golpes baixos, à satanização da adversária, a falácias como a questão da autonomia do Banco Central (que não vai tirar o pão da mesa de ninguém, apenas impedir que governos pilantras continuem fazendo politicagem com a economia) ou à confusão premeditada que estabeleceu entre educadora e banqueira.

A Marina deveria responder com os versos da ótima canção do Geraldo Azevedo: "Eu não fiz nada disso/ e você fez/ um bicho de sete cabeças"...


6 comentários:

Anônimo disse...

É, Celso, a pior derrota é aquela onde o indivíduo é derrotado por ele mesmo.

Abração

Marcelo

Eduardo Rodrigues Vianna disse...

Ó, meus companheiros, negócio feio tá ali, no centro e no bojo de toda a atual imprensa peti$ta; impresna a toque de caixa, em tempos de comunicação em larga escola, tão rasteira e tão marrom confrme ese modo de atuar dê frutos. Refiro-me os tais "blogueiros de esquerda".

Eu fico imaginando o que será desses caras quando a fonte deles secar, e tou falando de grana mesmo, caso o PT perca mesmo as eleições.

Veremos se são mesmo fiéis discípulos de Paulo Henrique Amorim, isto é, se vão pura e simplesmente para o lado que paga, ou se se afastam, segundo a mesmo lógico, do lado que deixa de pagar.

Ganhando Marina (a "lagartixa falante", esses caras definitivamente não valem o prato que comem), muitos ali abandonarão a "militância".

Anônimo disse...

Parece que a tatica da Dilma ta funcionando nestes dias tô vendo um monte de gente pulando fora de votar na Marina.

celsolungaretti disse...

É faca de dois gumes: ilude por algum tempo os eleitores desinformados, mas afasta o eleitorado consciente, que percebe tratar-se de jogo sujo.

Mas, é o eleitorado consciente que dá vitalidade aos partidos. Quando ele se afasta, as agremiações podem sobreviver nos grotões, quiçá como meras siglas fisiológicas (tipo PMDB), mas se tornam meros zumbis ou parasitas. Carcaças vazias.

O PT tinha um projeto de transformação da sociedade. Concretizou-o numa ínfima parte e abriu mão do resto. Hoje, nada mais oferece, precisa recorrer à propaganda enganosa, à calúnia e à satanização.

Paradoxalmente, a ´derrota é só o que o pode salvar. Se vencer mal e porcamente, continuará no mesmo rumo, decaindo cada vez mais. Se perder, provavelmente entrará num processo de autocrítica e, quem sabe, consiga reencontrar o rumo perdido; ou, pelo menos, seus melhores quadros partirão para empreitadas mais consequentes, separando-se da corja de carreiristas que ingressou atrás de boquinhas e migalhas de poder.

Eduardo Rodrigues Vianna disse...

Opa, parece que me expressei errado aqui, relendo o que comentei.

Quando citei os "blogueiros de esquerda", com aspas, eu tava me referindo àqueles que se definem como tal, como se se tratasse um sindicato ou algo do tipo, ao estilo Guimarães: e não tou falando mal de ninguém em particular, tou falando mal de uma certa posição política.

Mas é, é claro, há blogueiro de esquerda sério, como o Celso aqui, o Sakamoto, que é um blogueiro bacana, e até um social-democrata mais para a direita como o Gilvan Melo, que é um sujeito interessante, bom blogueiro.

E sou otimista. Tenho pra mim que essa onda insuportável de fanatismo político em torno ao PT, levada a cabo na internet por gente que leva uma grana, vai passar. As coisas ainda vão melhorar muito. A custa de muita briga e muita dor na alma e no couro da gente, mas vão melhorar. Os meus filhos e as filhas aqui do Celso ainda vão ver coisas maravilhosas, as mais belas que o gênero humano alguma vez verá. O negócio, com o perdão da má palavra, é ter fé.

Henrique Bolgue disse...

Perfeita definição. Esse cenário se desenhou do meio do governo Dilma para cá. Somente desinformados ou apaniguados permanecem no barco. Será um partido de massa, mas massa de manobra. A intelectualidade independente abandonou esse projeto há tempos. Mais quatro anos sem uma renovação será o desastre para o partido.

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