tag:blogger.com,1999:blog-19202076.post7723727061585582513..comments2024-03-27T09:53:56.957-03:00Comments on Náufrago da Utopia: A CORRUPÇÃO DO ESTADO É SISTÊMICA, ENTÃO A LAVA-JATO NÃO TERÁ FORÇA PARA ALCANÇAR TODOS OS LOBOS DA ALCATÉIA.celsolungarettihttp://www.blogger.com/profile/02203190514009992293noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-19202076.post-68622736498318440302016-07-06T20:06:40.520-03:002016-07-06T20:06:40.520-03:00COMPANHEIRO, O DALTON CONTINUA TENDO DIFICULDADE P...COMPANHEIRO, O DALTON CONTINUA TENDO DIFICULDADE PARA POSTAR ELE PRÓPRIO O COMENTÁRIO, MAS MANDOU ESTA RESPOSTA P/ VC:<br /><br />Caro SF, <br /><br />Considero sempre oportunas as suas observações, principalmente porque levantam questionamentos úteis ao processo de discussão sobre os caminhos e pós-caminhos da emancipação. <br /><br />O capitalista ou dirigente empresário vive, hoje, num sufoco mental (ainda que rodeado de confortos materiais) graças às dificuldades de reprodução do capital na vida empresarial em depressão. A queda tendencial da taxa de lucro prevista por Marx há 150 anos, que exige investimentos cada vez maiores em capital fixo (equipamentos, instalações, tecnologia, etc.) com remuneração do capital cada vez menor, ou prejuízos e falências, causa tensão no meio empresarial que, obviamente, não quer perder o poder econômico. É claro que o desespero dos trabalhadores empregados, subempregados ou desempregados é ainda maior. <br /><br />O sujeito automático da forma valor, que é quem dita ordens na vida mercantil, é ditatorial, e impõe aos seus súditos (empregadores e empregados) as agruras de seu limite interno de expansão, e em seu processo de autodestruição exige o sacrifício de todos, tal qual um moloch insaciável. Todos sofremos (uns de uma forma e outros de outra) nessa relação social reificada e abstrata como a que temos, que por assim ser, é destituída de sensibilidade e humanismo. Cabe a nos destruí-la, e não obedecê-la, e quem tem interesse na compreensão dessa necessidade e luta por essa transformação devem ser os indivíduos que tenham a sensibilidade de se colocar em contraponto a esse moinho satânico, ainda que dele dependa (por enquanto) para sobreviver, pois, afinal ainda temos todos que acordar todos os dias para ganhar o dinheiro que nos sustenta e nos destrói, concomitantemente.<br /><br />É evidente que o direito, consubstanciado num conjunto de regras de comportamento social, nascido de uma sociedade cujos preceitos de convivência tenham como base o direito natural (jus) e o senso de justiça associado a um sistema de julgamento (fas) que não precise se desdobrar em firulas jurídicas como o que temos nas sociedades atuais, para fazer parecer justo o que não é, será mais próximo da realização do ideal de justiça, e saberá coibir os desrespeitos às regras de convivência; o oportunismo nocivo; as mazelas humanas criminais, pois as imperfeições dos seres humanos não desaparecerão ipso facto ás mudanças de sociais de base juntamente com seus conceitos. Entendo que será um processo de construção de um ser superior que demandará tempo através do caminho correto. <br /><br />E assim que penso. <br /><br />Um grande abraço, Dalton Rosado.celsolungarettihttps://www.blogger.com/profile/02203190514009992293noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19202076.post-86111378924943470612016-07-05T15:43:51.611-03:002016-07-05T15:43:51.611-03:00Dalton,
Sua citação de Paulo Freire é muito bem co...Dalton,<br />Sua citação de Paulo Freire é muito bem colocada.<br />Lembro-me que tentando acompanhar, entre um cochilo e outro, as frases quilométricas de seu texto "A Pedagogia do Oprimido" ficou a clara compreensão de que cabe ao oprimido "premido" (!) pela sua dor a mudança do sistema que o oprime e que o opressor nada fará para que haja a mudança real.<br />Também faz a crítica do oprimido como sujeito e protagonista da sua opressão por internalizar os valores do opressor. <br />E mostra uma saída que é a não colaboração com o inimigo (também o internalizado).<br /><br />Gosto muito desse tipo de abordagem que foge da fórmula facista de apontar o inimigo como algo ou alguém externo, cuja eliminação proporcionará a quimérica libertação. <br /><br />Na minha tosquice, vejo que o opressor de agora (o capitalista) está extremamente fragilizado e ele cairia facilmente se não estivesse entranhado na psique cada oprimido.<br /><br />A esperança são os jovens, que açodados pelo desemprego e a falta de perspectivas talvez busquem relações humanas baseadas na ética e não na troca.<br /><br />Nesse sentido, e vendo o avanço da ciência e tecnologia, talvez haja motivo para acreditar que a corrupção (derivada e original) do capitalismo tenha fim.<br /><br />Não de maneira abrupta, mas por absoluta obsolência.<br /><br />E nessa nova sociedade não-mercantil e de alto nível científico e tecnológico ainda parece utópico demais prescindir do arbitrio. <br /><br />Veja-se um semáforo. Esse é um jogo cooperativo, de informação simétrica e ganho ótimo.<br /><br />Mas vc verá alguns desrespeitarem as regras.<br />Como detê-los senão pela sanção? <br /><br />Pode ser a mais suave delas, mas é necessário violentar o arbitrio individual para o benefício comum. E isso é uma boa arbitrariedade, vc não acha?<br />Qual ente proporcionará isso? <br />Seria algo como o estado e seu fundamento: a violência?<br /><br />Veja-se que, mesmo que haja frutas no pomar e o agricultor não cobre nada de quem queira alimentar-se com elas, ele também não quererá que alguém as colha verdes, que atirem pedras para colhê-las ou que as queiram ensacar, e levar toda a produção de uma vez, em prejuízo de outros que igualmente precisem.<br /><br />São necessárias regras, boa escrituração, eficiente contabilidade, firmeza na imposição das regras e na auditoria das escriturações.<br /><br />Há como se fazer respeitar as regras sem a vigilâncias dos agentes e a penalização dos desvios?<br /><br />E se no hipotético pomar todas a frutas forem colhidas e quem cultivou veja-se sem nenhuma para comer?<br />E se todos acharem que é melhor só colher o que outros plantaram sem o cuidado de também ele cultivarem?<br /><br />Imagino que uma sociedade menos corrupta ou até mesmo honesta saberá lidar com essas questões com lisura e sem hipocrisias.<br /><br />SFhttps://www.blogger.com/profile/08902927831895033636noreply@blogger.com