tag:blogger.com,1999:blog-19202076.post6079754040355441809..comments2024-03-28T16:19:32.476-03:00Comments on Náufrago da Utopia: POR QUE REGREDIMOS TANTO? celsolungarettihttp://www.blogger.com/profile/02203190514009992293noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-19202076.post-14159135901487350002019-07-29T06:01:39.719-03:002019-07-29T06:01:39.719-03:00Anônimo das 15h17,
é inegável que a trajetória da...Anônimo das 15h17,<br /><br />é inegável que a trajetória da humanidade foi toda no sentido de superarmos a barreira da necessidade, passando a determos conhecimento e recursos materiais para assegurarmos a nossa sobrevivência e levarmos uma existência cada vez mais confortável e gratificante.<br /><br />O problema é que, quando já dispúnhamos dos meios para tanto, não conseguimos desmontar as estruturas de dominação estabelecidas no tempo da desigualdade compulsória. Agora temos total possibilidade de proporcionar a cada habitante do planeta o suficiente para viver com dignidade, mas os frutos do trabalho humano não são divididos equitativamente: uma minoria usurpa parte considerável deles e os utiliza exatamente para aprimorar os instrumentos de dominação.<br /><br />E o que é pior: o controle das massas hoje se dá por meio de uma exacerbação do narcisismo e da infantilização. Os seres humanos são compelidos a buscarem mitigar sua insatisfação com os mimos do consumo, em permanente guerra uns com os outros por privilégios, luxos, status e poder.<br /><br />Isto não tem nada a ver com inferioridade eterna da maioria dos seres humanos, mas sim com uma forma específica de organização da sociedade humana. Fosse outra a ideologia dominante, seria outra a postura e o comportamento das pessoas.<br /><br />Constatei isto nas comunidades alternativas. Tomamos a decisão de viver como famílias imantadas por ideais (não por laços de sangue) e conseguimos. Dividíamos tudo, ajudávamos uns aos outros, preocupávamo-nos com todos. Cada um contribuía para nossa comunidade com as aptidões que tinha, ninguém era forçado a ser mais do que era nem a esforçar-se mais do que podia. <br /><br />Funcionava, tanto quanto funcionaria numa escala ampliada. <br /><br />O problema é que as pessoas são bombardeadas o tempo todo pelos valores capitalistas, e a lavagem cerebral da indústria cultural também é algo que funciona. E ela, agora que o capitalismo está chegando no limite de suas contradições, está servindo para estimular a regressão ao autoritarismo, ao obscurantismo, à idiotia religiosa e à barbárie.<br /><br />Aproxima-se o dia em que, se não conseguirmos tornarmo-nos os sujeitos da nossa História, continuando como títeres do capitalismo, seremos destruídos: pelas vinganças da natureza contra os destruidores do seu equilíbrio, por armas cada vez mais terríveis de destruição em massa, pela miséria.<br /><br />Mas, nada há que não possamos mudar (por enquanto). Talvez, quando as coisas piorarem ainda mais e as ameaças se tornarem bem visíveis, à beira do abismo, nossa espécie opte por sobreviver. Ou morre o capitalismo, ou morreremos todos. É simples assim. celsolungarettihttps://www.blogger.com/profile/02203190514009992293noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19202076.post-68363369784691062292019-07-28T15:17:12.593-03:002019-07-28T15:17:12.593-03:00+++
O velho Aristocles já tinha sacado esse anseio...+++<br />O velho Aristocles já tinha sacado esse anseio humano pela irresponsabilidade no mito do anel da invisibilidade de Giges.<br /><br />Podendo fazer o que quisesse o probo Giges virou um patife, posto que, invisível, não seria punido por sê-lo.<br /><br />A fuga hedonista é só uma variante desse mito platônico e o tal de Nosvik apresentou como nova uma experiência requentada.<br /><br />Do amigo Aristocles também é o mito da caverna com seus habitantes que se recusam a acreditar que exista algo além das sombras que veem.<br /><br />Relembro que os amos da caverna se sofisticaram e um deles (Bernays, Edward L.) afirma que as civilizações foram criadas e guiadas por uma pequena aristocracia intelectual e que as massas, sendo instintivas e indisciplinadas, não têm a força para destruir a tal aristocracia, acabando assim por serem dominadas por indivíduos que têm o conhecimento da alma das multidões; assevera ainda que a manipulação científica da opinião pública é necessária para superar o caos e o conflito numa sociedade democrática e que os melhores resultados serão obtidos se as massas forem controladas sem o conhecimento delas.<br /><br />Está vendo?<br />Não é que regredimos, o fato é que nunca avançamos. <br />Continuamos manipulados por sombras projetadas pelos amos. Portanto, não há muito o que esperar do coletivo.<br />===<br />Vejo com bons olhos o estoicismo que é próprio para tempos de profunda degradação moral.<br /><br />Anonymousnoreply@blogger.com