sábado, 7 de novembro de 2015

BULLYING: MASSACRE NUMA ESCOLA DOS EUA INSPIROU UM BOM FILME ESTONIANO.

O bullying nas escolas é um tema em evidência neste século e o filme para ver no blogue de hoje, A classe (d. Ilmar Raag, 2007), um dos que melhor o abordaram no cinema.

Sua inspiração foi o massacre na escola secundária de Columbine, ocorrido no Colorado, EUA, em abril de 1999, quando dois alunos mataram 15 de seus colegas e feriram outros 24, antes de morrerem também.

Foi transposto para uma escola da Estônia, mas o essencial permaneceu: um estudante (Vallo Kirs) se compadece de outro (Pärt Uusberg) que é importunado pelos colegas, passando a defendê-lo do assédio; ambos são hostilizados de forma cada vez mais humilhante e violenta pela patota, com o apoio de alguns e a covarde omissão dos demais, até que reagem promovendo um banho de sangue.

Apesar da nota bem alta (8,0) no site especializado IMDB, não se trata de um trabalho inovador ou brilhante, mas, sobretudo, correto. O diretor Raag tratou apenas de transmitir o impacto de um episódio que, em si, é muito dramático. 

Ou seja, a história se sobressai tanto que quase não prestamos atenção em quem a está contando. E ele tem o mérito de haver extraído bons desempenhos do seu elenco jovem, o que nem sempre é fácil.

O sucesso do filme levou os estonianos a produzirem, também em 2007, uma série de TV de sete episódios sobre o impacto do acontecimento nos sobreviventes, suas famílias, amigos e professores: The class - life after. Dois dos episódios foram igualmente dirigidos por Ilmar Raag.

E, mais uma vez, os EUA se curvam diante da Europa: A classe é muito melhor do que os filmes realizados pelos cineastas do país que foi palco do acontecimento, Michael Moore (cujo Tiros em Columbine tinha a desvantagem de ser documentário) e Gus Van Sant (cujo Elefante perde feio na comparação, sem atenuante). 

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