quarta-feira, 9 de julho de 2014

MUNDIAL 2014/28º DIA: COM MESSI APAGADO, ROMERO DECIDIU.

Disputa acirrada e poucas chances de gol
Quem esperava semifinal à altura de uma Copa do Mundo, com grande exibição da Argentina e/ou da Holanda, saiu frustrado do Itaquerão: os dois selecionados foram muito eficientes em evitar as chances de gol alheias e bem pouco em criar as próprias.

É o que tende a acontecer quando existe equilíbrio de forças e os técnicos são igualmente competentes. Acaba por haver uma anulação mútua em termos táticos e estratégicos, ficando os gols na dependência de acasos (erros de arbitragem, chutes que desviam na zaga e iludem o goleiro, etc.) e lampejos ou falhas individuais.

Como não houve nada disso, tivemos 120 minutos de 0x0, com o forte ataque holandês se chocando com o muro Mascherano -ele esteve muito bem, tanto no aspecto técnico, quanto liderando os outros defensores argentinos. 

Do outro lado, Di María fez muita falta e Messi não pôde realizar grande coisa pois, cada vez que tentava uma arrancada, era combatido por três holandeses. Mesmo assim, conseguiu dar algumas boas assistências, que seus companheiros desperdiçaram.

Na prorrogação, a Argentina empenhou-se um pouco mais  em conquistar a vaga com a bola rolando, enquanto a Holanda parecia conformada com a loteria dos pênaltis ou cansada demais para tentar um ataque decisivo.

Fez mal. Como o técnico Louis Van Gaal fora obrigado a queimar suas três substituições, ficou impossibilitado de colocar em campo o reserva Krul na hora dos pênaltis. 
O técnico Sabella soube como enfrentar os europeus

O goleiro titular Cillessen fez o melhor que pôde, mas não conseguiu chegar nas cobranças de Messi, Agüero e Garay; só teve chance real de defender a de Maxi Rodriguez, mas foi um arremate muito forte e ele, mesmo tocando na bola, não evitou que entrasse.

A Holanda converteu apenas duas, com Robben e Kuyt. Romero defendeu o pênalti mal cobrado por Vlaar e foi brilhante ao desviar o chute forte, no canto, de Sneidjer. Vale ressalvar que cobranças à meia altura são mais defensáveis, porém Romero precisou de muito reflexo e elasticidade para sair-se bem. Como não houve um grande destaque e ele foi decisivo, pode ser considerado o melhor em campo.

Muitos davam a vitória da Holanda como favas contadas, mas alertei que a Argentina tem mais espírito vencedor. Foi o que se constatou. 

O duelo com a Alemanha será igualmente imprevisível, com as chances dos hermanos aumentando muito se Di María estiver em condições de entrar em campo. Bom driblador, ele atrai os zagueiros sobre si e, às vezes, consegue servir Messi menos marcado. Sua ausência permitiu aos laranjinhas manterem um cerco permanente ao 10 argentino.

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